quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Sofrimento e sacrifício.
Estava eu num fim de tarde no serviço de auxílio ao sacerdote na celebração da missa como Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística, e no momento da homilia o padre falava sobre o sofrimento.
Então veio-me a inspiração sobre a meditação de hoje.
O Sacrifício e o sofrimento são realidades em nossa vida, com naturezas distintas, caminhos distintos, porém que em algum momento podem se encontrar e partilhar da mesma realidade.
O sofrimento sem propósito, ou seja, aquele que nos é imposto, aquele que chega sem aviso, ou aquele que deliberadamente nos impomos apenas nos causam dor, desespero e revolta. Nos coloca para baixo e não deixa que vejamos mais o mundo com um olhar de esperança e confiança. O sofrimento sem propósito nos torna amargos e nos direciona pelos caminhos mais sombrios de nossa existência. O sofrimento nos tira o sabor mínimo de todas as coisas, nada mais nos é apreciável, nada nos é agradável, nossos olhos não mais enxergam as belezas que ainda permanecem nas criaturas e nas criações porque não mais enxergamos o Criador.
O sacrifício, ao contrário, é uma atitude livre que tomamos de nos privar de algo, de mudar uma situação ou uma realidade em favor de alguém, ou em nosso favor, pelas misericórdias de Deus.
Muitas vezes o sacrifício nos leva a experimentar o sofrimento no corpo, mas até este sofrimento torna-se agradável, pois foi aceito livremente, e torna-se um ato de amor, uma oferta para agradar ao Senhor e DEle receber uma graça. Não se trata de troca, mas sim de um ato de fé e confiança em Deus.
O sacrifício nos faz olhar para dentro de nós mesmos e reconhecer que sem Deus nada somos.
O sacrifício nos coloca em pé e nos fortalece contra as investidas do inimigo.
Abraão aceitou oferecer seu filho em sacrifício, porém o sacrificado não seria Isaac, mas sim o próprio Abraão, pois a dor da perda de seu filho seria para ele pior que a própria morte. Abraão porém acreditava no propósito maior que Deus tinha através daquele ato.
A Mãe Maria também aos pés da cruz, sofrendo junto com seu filho, sacrificou-se como mãe pois sabia que havia um plano muito maior à partir daquele ato.
Quando o sofrimento nos vem de súbito, não murmuremos, busquemos antes transformar o sofrimento em um sacrifício de louvor à Deus, ou uma oferta em expiação de nossos pecados ou pelo sufrágio das almas viventes ou que padecem no purgatório.
Deus não se agrada de nosso sofrimento, mas se agrada de nossas ofertas.
Ofertemos toda nossa vida pois à Deus, e façamos do jejum do pecado uma oferta maior ao nosso criador.
Paz, graça e unção da parte de Nosso Senhor Jesus Cristo...
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