sábado, 28 de setembro de 2013


Direito a viver a sexualidade ou o egoísmo?

" Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher." (Gen 1,27)
" Por isso o homem deixará o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não serão mais que uma só carne." (Gen 2,24)
Em tempos de tanta evolução tecnológica, de tantas conquistas na medicina, de tantos avanços na ciência, a descoberta do bóson de Higgs a chamada "partícula de Deus", me soa tão contraditório o fato de permanecerem estacionados ou transviados os avanços no conhecimento do homem sobre si mesmo e seus reais sentimentos e essência afetiva.
Os programas televisivos, as culturas musicais, as rodas de bate-papo e até mesmo a vivência cotidiana nos dá suporte para afirmarmos e percebermos esse fenômeno, por não poucas vezes, destrutivo.
O apelo ao sexo em todos os canais abertos e pagos, salvo os canais sem compromisso com audiência e patrocinadores, transformam os homens e mulheres de qualquer faixa etária em verdadeiras "maquinas de sexo" tendo como meta o prazer.
Ainda à alguns dias eu conversava com uma amiga e ela me referia a dificuldade que ela sente quando o assunto é amizade com o sexo oposto. " Ninguém mais acredita em uma amizade verdadeira entre um homem e uma mulher..." , dizia ela, hoje é quase inadmissível a ideia que pessoas de sexo oposto se aproximem sem que seja para posteriormente " transarem".
Tudo isso se dá porque em nome do prazer o ser humano foi re-delimitado anatomicamente pela imoralidade não mais como cabeça, corpo e membros, mas sim, como genitália masculina ou genitália feminina.
Me recordo que quando nos interessávamos por uma mulher em minha adolescência e juventude, primeiramente apreciávamos o seu caráter, sua forma de pensar e agir. Quantas jovens lindas que nem sonhávamos em nos aproximar, pois ao demonstrarem seu pensamento toda sua beleza perdia o encanto.
Hoje em dia nem se precisa falar, desde que se tenha corpão, bundão, peitão, coxão e muita, mas muita disposição.
Homens e mulheres são empurrados por uma ideologia de buscar a felicidade a qualquer custo, porém a sua própria felicidade, mesmo que para vivê-la por algum curto período, o outro precise sofrer.
O resultado também pode ser comprovado quando observamos as estatísticas sobre os divórcios, as mães solteiras, os abortos, o homossexualismo, os adultérios...
O conceito de viver a sexualidade já encontra o primeiro obstáculo na forma como é abordada. Sexo não é pecado mas pode nos levar ao pecado.
Prova disto é que nos mandamentos, o 6º nos conclama a observar a castidade, " Não pecar contra a castidade",  e o 9º " Não desejarás a mulher do próximo". Viver o 6º nos torna fortes para não cairmos no 9º.
Viver a castidade nos fortalece, nos disciplina, e nos conduz a uma reflexão profunda sobre nossa dimensão sexual, sobre a função da vivência correta do sexo em nossa vida.
Muitos ainda imaginam que Deus, a Bíblia e a Igreja condenam o prazer sexual e que o sexo seja apenas para procriação, já ouvi várias pessoas afirmarem isso, mas não condiz com a verdade, ao contrário, Deus abençoou a aprova a vivência sexual plena, foi Ele mesmo que nos fez capaz de sentir prazer e desejo.
O que Deus não permite e a deturpação, a banalização. A descaracterização do sexo como um complemento fundamental, mas não único, entre o homem e a mulher.
O que nos é oferecido hoje é uma forma egoísta de usar alguém para obter prazer.
O que nos é oferecido hoje é a possibilidade de usar e abusar tanto de pessoas do sexo oposto como também pessoas do mesmo sexo para preencher vazios profundos em almas destruídas.
A tentativa é manter todos "imaturos" na vivência de sua sexualidade, enraizar uma mentalidade de encontro na cama e desencontro na vida.
Que tal começarmos a fazer a diferença e resgatarmos uma dimensão de nossa existência "encarcerada" numa mentalidade pecaminosa. Não só viver, mas propagar o resgate a observação da castidade e à busca de viver o verdadeiro amor, resgatar o sentido do termo "fazer amor" que nada tem a ver com o ato do sexo, mas sim construir uma vida à dois onde o desejo de tornar o outro feliz resulta em felicidade e é coroada por uma vida sexual santificada.
Viver a felicidade e o amor é muito mais que se sentir bem e sorrir, é colher sorrisos e servir ao outro para que ele se sinta bem, "Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão..."

Paz, graça e unção da parte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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