terça-feira, 29 de novembro de 2011

Na falta da inspiração.



Busquei hoje palavras e não as achei.
Procurei por seus toques e não os senti.
Lembrei-me de versos e cantos passados.
Mas na minha cabeça eram só emaranhados.
Pensamentos confusos, sentimentos também.
Certezas incertas, idéias sem nexo.
Mas eu sei que no fundo, ou por trás disso tudo...
Reina soberana a grande inspiração.

Não sei se ela brota de ti, ó amada!
Ou talvez dos frutos dessa nossa jornada.
Do sorriso, da dor, da angustia, do amor...
Da mistura equilibrada do prazer e da dor...
Se eu pudesse tocá-la, cativá-la, amarrá-la.
Minhas letras seriam muito mais corriqueiras.

Quando enfim se apresenta com o seu esplendor
Tão voraz, tão singela, tão cheia de razão.
Razão que não se explica, apenas se vive e sente
Que traz sentido e motivo a vida da gente.
Ó amarga doçura, prelúdio de paz ou de guerra.
Me rendo agora a ti, me leva por teus caminhos.

Se sois inspiração, inspira-me.
Ou lança-me de vez longe de ti.
Se decidires ficar presente, conduza-me.
Até os segredos profundo da alma.
Até o revelar das dores.
Onde todo sentimento se mostra.
Onde gera por fim os amores.

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