Quem me conhece, já me ouviu pregando, já escutou quando tínhamos programa na Rádio Colméia da Arquidiocese de Maringá, ou até mesmo já participou de "rodinhas de conversa" em que eu estava presente sabe que sou uma pessoa de convicções e não tenho medo de expor cada uma delas.
Neste artigo venho partilhar uma delas.
Que coisa deliciosa, e, de grande crescimento cultural e até aprendizado de vida, quando conversamos com os "avôzinhos".
Escutamos suas alegrias e tristezas, as duras vidas que maioria deles enfrentou.
Sua fé, e seus folclores.
As estórias e histórias de pescador, caçador.
As estórias de assombração que nos faziam cobrir a cabeça com o cobertor quando crianças.
Ouvir as narrativas das suas "proezas" para amansar o futuro sogro quando queriam cortejar suas amadas. As dificuldades para pegar na mão e dar aquele "beijinho roubado".
Que lindo ver aquele casal andando de mãos dadas ainda hoje depois de 50,60,70 anos de casados, os cabelos branquinhos, os passos lentos e as mãos trêmulas, mas o coração ainda cheio de força de vida.
Hoje, a realidade tem se colocado de forma totalmente contrária.
Temas como pescaria, roça, catira, truco, jogo de maia, dividir o porco e tantas outras não existe mais.
Não se fala mais de como foi difícil desfazer nó da garganta quando tinha que pedir a filha em namoro para o pai.
Temas como virgindade, castidade, fidelidade, casamento, pedir benção aos pais, beijar o anel do padre...
Ter sexo antes do casamento era inaceitável 15 ou 20 anos atrás, namorar sem permissão não acontecia, mulher que traía o marido tinha destino certo.
Homem "galinha", só vivia com elas, não pedir benção aos pais ou ao padre era como um sacrilégio.
Fumar maconha!!! Nem pensar, quem fazia se escondia como o cão se esconde da cruz.
Hoje tudo é "normal".
Será que o que era pecado naquele tempo deixou de ser pecado?
O ouro das alianças bentas no altar deixou de ser ouro, ou a benção tornou-se maldição?
Será que o compromisso do matrimônio deixou de ser santo e indissolúvel?
Será que não tem mais valor a pureza dos sentimento e dos corpos?
Daqui por diante são os filhos que vão educar os pais?
O sacrifício da dor do parto, da renuncia de si mesma para cuidar dos passos do filho, não são mais dignos de agradecimento eterno?
Uma vez alguém me perguntou porque deveria se calar se o pai dele mandasse?
Eu respondi: " Seu pai te deu algo que qualquer um pode tirar a qualquer momento, mas ninguém pode dar novamente, sua vida. Você tem uma divida eterna com ele, e quando você deve algo a alguém e nunca poderá pagar, o mínimo que pode fazer e respeitá-lo."
Não existem "donos da verdade", por isso nossos pais também tem seus erros, que não nos cabem condenar. Mas não posso desonra-los.
A palavra de Deus fala para honrarmos nossos pais.
Ela não fala para honrarmos os perfeitos, muitas vezes eu tenho que ser quem vai honrar minha casa, pois os traumas, os vícios e tantas outras coisas tiraram a dignidade que deveria existir na pessoa daquele pai, ou mãe que conheceu a cachaça, ou as drogas para desabafarem.
Será que meu ombro estava disponível, ou minha mão estendida quando eles precisaram?
É justo que tiremos da casa da familia uma pessoa, para depois a traírmos num casamento infiel?
É justo que eu tire a mulher de sua casa como "uma qualquer", não mostrando respeito ou gratidão aos pais que a puseram no mundo e educaram de tal forma que eu me apaixonasse por ela?
Quem determinou e declarou para a humanidade que os pecados deixaram de ser pecado?
A humanidade em sua fraqueza e desejo criou a sua própria verdade para saciar sua luxúria e egoísmo. Abriram mão da verdade, o Cristo.
Tem um comercial que mostra anjos caindo do céu em forma de mulheres e atirando ao chão suas "auréolas", que simbolizava nas gravuras a santidade de um ser, por causa do cheiro sedutor que tal marca de perfume implicava nos homens que o usassem.
Ou seja, vale à pena abrir mão de ser santo por alguns minutos de prazer.
São João da Cruz dizia: "Por causa de prazeres passageiros, sofrem-se grandes tormentos eternos."
A moda e a cultura moderna oferecem "pedaços de felicidade" e pedem a felicidade eterna em troca.
Meu Senhor me deu a graça de não ter tido a "experiência da infidelidade conjugal", mas convivo com pessoas que a fizeram e relatam algumas coisas. Todos dizem que após o ato que foi "maravilhoso" ficaram vazios e cheios de angústia.
Tiveram 15,20, 30 minutos de prazer, e uma vida de amargura, quando olhavam para as esposas sentiam uma dor imensa no peito.
Pois não é disto que São João da Cruz falava?
Eu como qualquer outra pessoa sofro tentações e não sou "dono da verdade".
Mas eu tive uma experiência com a verdade e a cada dia ela vai se revelando para mim, até que um dia eu a verei face a face.
Jesus é o caminho que leva à salvação, quem está fora dele não chega.
Jesus é verdade absoluta, tudo que esteja fora Dele é mentira.
Jesus é a vida, tudo que realizarmos fora Dele nos levará à morte.
Temos duas opções;
Eu construo a "minha verdade" para satisfazer meus desejos e abro mão da eternidade no céu.
Ou...
Eu sigo a verdade que é Jesus, abro mão dos meus desejos para fazer o que ele deseja, e me encontro com Ele na eternidade.
Que verdade você quer seguir?
Paz, bençaõ e unção da parte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
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