sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Dessacralização
“ Eu vim de lá, do interior, aonde a religião ainda é importante.
Lá, se alguém passa em frente da Matriz, se benze e pensa em Deus, e não sente vergonha de ter fé.
Eu vim de lá do interior, e sei que a religião já não influi mais tanto nas pessoas, sei que a televisão, o rádio e o jornal convencem mais cabeças do que o padre lá no altar.
Mas deixa eu lhe dizer que eu ainda creio e quero crer, que sem religião não sei viver, não sei viver, não sei viver. ” (De lá do interior - Pe. Zezinho)
Esta música do Padre Zezinho nos faz meditar sobre algo que tem sido um grande “Fenômeno destrutivo nas comunidades católicas”.
A mais de 20 anos atuo na Igreja e percebo como no passar dos anos quase tudo tem se ” normalizado”.
Hoje muitos católicos vêem como normal a gravidez na adolescência, o uso da camisinha, o uso da maconha, a impunidade, o sincretismo religioso.
Tanto faz se uma pessoa adora ao cão de dia, de noite se põe de joelhos diante do Ostensório e no dia seguinte volta a adorar o cão…
Tanto faz se eu acredito em Maria, nos santos e também em reencarnação desmerecendo o sacrifício de Jesus na cruz.
Não tem nenhum problema deixar a missa dominical por um churrasco, ir embriagado à missa, contar piadas de baixo calão nas dependências da Igreja.
O padre não é mais visto como a presença de Cristo, é simplesmente um celebrante.
O corpo de Cristo passou a ser apenas a “hóstia consagrada” e em muitos casos apenas a “hóstia”, tratada de qualquer forma e manipulada de qualquer forma.
E daí se caiu no chão? ... imagina ter que esperar a primeira comunhão para dar ao meu filho!!
Os objetos litúrgicos a muito tempo não são dados como sagrado…
Passaram a ser apenas, uma “taça” e um “pratinho”, que se põe sobre os “paninhos” com vinho, água e o “potinho” cheio de hóstias.
Tudo se tornou sem sentido, a confissão, quando feita, somente no tempo da Páscoa ou Natal.
A fé tem se tornado uma fé intelectual e não uma fé experiencial.
A heresia tem se propagado e nada se faz, apenas se aceita, se cala…
Até alguns sacerdotes formados em seminários laicizados tem propagado heresias como a inexistência do demônio.
Quantas vezes nossos padres são duramente atacados e caluniados, pela culpa de uns poucos.
A Igreja é constantemente atacada como antiquada, querem a todo custo que a igreja aceite o inaceitável, e muitos irmãos feridos por seus próprios erros buscam um alívio querendo que a Igreja erre com eles..
Amados, precisamos dar a Deus oque é de Deus….
Façamos o papel de verdadeiros discípulos, vamos ressacralizar o que é sagrado.
Voltemos a ver Jesus Cristo na pessoa do sacerdote, cuidemos dos nossos pastores, é inaceitável uma comunidade deixar seus padres ou diáconos sendo ridicularizados ou difamados.
O que foi criado para o culto litúrgico é santificado que sejam tratados como tal e manuseados com cuidado, dedicação e respeito devidos.
Lembremo-nos que na casa de Deus a palavra deve ser santificada, não tratemos as Igrejas como um bar onde todo tipo de conversa ou música seja permitido.
Busquemos, clamemos uma experiência real com o ressuscitado tanto na confissão como na Eucaristia.
‘‘ Mas deixa eu lhe dizer, que eu aida creio e quero crer, que sem religião não sei viver, não sei viver, não sei viver…”
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